São Jose dos Pinhais / PR - sábado, 27 de abril de 2024

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retirado do site Guia do Bebe

 

Tintura na gestação: pode ou não pode?

     Um dos assuntos mais controversos entre as mulheres envolve o uso ou não de tintura ou qualquer outro produto químico nos cabelos durante o período de gravidez. Será que vai fazer algum mal para o bebê que está dentro da barriga? Qual conseqüência pode trazer o uso da tintura durante a gestação?

     As tinturas, principalmente as mais antigas, alisamentos ou permanentes contêm muitas substâncias que são absorvidas pelo couro cabeludo (entre as quais a amônia, o benzeno ou formol), região bastante vascularizada, que chegam até o bebê e podem prejudicá-lo.

Porém, há divergências entre os especialistas quanto ao uso de produtos químicos durante a gestação. Uns reprovam, outros minimizam. No entanto, boa parte dos profissionais recomenda o uso de tinturas somente após o terceiro ou quarto mês de gestação, período em que as chances de más-formações diminuem. Muitos nem sequer recomendam o uso de produtos químicos nos cabelos em qualquer época da gestação.

     Há ainda médicos que indicam o uso de produtos naturais, como a henna ou a tintura que não é feita na raiz dos cabelos, como mechas e reflexos, que é aplicado com uma touca, protegendo o couro cabeludo dos produtos químicos.

     Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a médica Robertha Nakamura condena o uso de produtos químicos no período de gestação, embora saliente não existir provas concretas de que a tintura tem efeito direto na gravidez. Nakamura acrescenta que há poucos estudos nessa área que possam evidenciar um possível dano ao feto, principalmente no início da gestação.

     Polêmico, o uso de produtos químicos na gravidez deve ser visto com cautela pelas mamães. Não há ainda comprovada uma quantidade mínima de produto químico que possa ser usada sem que prejudique a saúde do bebê em formação.

Como todo cuidado é pouco, evite a realização de tintura agressiva, alisamento ou qualquer outro uso de produto químico nos cabelos durante a gravidez, principalmente nos primeiros meses.

     Por ser uma questão de opiniões diversas e contraditórias, o ideal é que você, mamãe, consulte o seu médico de confiança e peça para que dê informações sobre o uso de produtos químicos durante a gravidez.

Lembre-se sempre que melhor do que ficar bonita é cuidar para que o bebê que está se formando dentro da sua barriga nasça com a maior saúde do mundo.

 

 

 

Aprenda a montar o prato e tenha uma gestação tranqüila

     Mudar a alimentação durante a gravidez é inevitável: além de enjoar uma série de alimentos, você sente muito mais fome. Mas nada de usar o bebê que está chegando como desculpa para perder os limites. "Sem dúvida é um momento especial na vida da mulher e exige uma alimentação equilibrada. Entretanto, isso não significa comer por dois", diz a nutricionista do Hospital e Maternidade Pro Matre, Magda Britto dos Santos.

     Na pirâmide alimentar, você encontra a fórmula para atravessar a gestação sem engordar demais nem ouvir o estômago roncar a cada 15 minutos. "Basta consultar o gráfico e fazer alguns ajustes, de acordo com a fase", afirma Magda.

     Composta por proteínas, carboidratos, vitaminas e sais minerais, a pirâmide atende todas as necessidades do organismo. Segundo a nutricionista, o controle do peso durante os nove meses é feito a partir dos quilos que a mulher apresentava antes de engravidar.
Isso também influencia na quantidade das porções que a gestante deve ingerir.

     Magda explica que uma mulher normal (sem sobrepeso) consome, em média, 2.000 calorias diárias. Já as grávidas devem ingerir por volta das 2.300 calorias. Isso garante que, ao longo da gravidez, a mãe engorde de 9 a, no máximo, 14 quilos.

     Para montar um prato cheio de benefícios ao bebê e favorável à saúde da gestante, a nutricionista da Pro Matre fez uma lista com os nutrientes que não podem faltar na alimentação das mamães.

Proteínas
     A proteína desempenha papel importante na formação da placenta. Por isso, a recomendação é aumentar sua ingestão durante a gravidez. "Para explicar a importância das proteínas para minhas pacientes, comparo-as com os tijolos de uma casa. Elas são responsáveis por construir os tecidos do organismo, tanto do bebê quanto da mãe", diz Magda. Carne, leite, ovos e queijos são alguns exemplos de alimentos ricos em proteínas. "As principais fontes de proteína são alimentos de origem animal", exemplifica a nutricionista.

Carboidratos
     Fonte de energia para realizar qualquer atividade, os carboidratos devem marcar presença no cardápio das gestantes. Em falta, o organismo acaba usando outros alimentos para retirar a energia de que precisa, prejudicando outras áreas. Magda alerta que "ao obter energia através das proteínas, por exemplo, a mulher acaba perdendo o que chamamos de massa magra do corpo, os músculos". É por este motivo que, das seis refeições que a grávida precisa fazer ao longo do dia, pelo menos quatro devem vir acompanhadas de algum tipo de carboidrato. Eles são encontrados no arroz, macarrão, pão, cereal, na batata e nas frutas.

Vitaminas e sais minerais
     Formando o time dos micronutrientes, as vitaminas e sais minerais são encontrados nas verduras, frutas e legumes. Dentre toda a variedade, a nutricionista destaca as principais e explica como agem no organismo.

Vitamina A
     Vitamina importante na formação e manutenção da placenta. Também ajuda a manter a imunidade da mãe, garantindo o bom desenvolvimento do feto. É encontrada, entre outros alimentos, no fígado de boi, na cenoura, na manga, na abóbora, no espinafre e no agrião. "Com todas essas possibilidades, eu aconselho que a gestante aproveite todos os alimentos e varie o cardápio. Isso é sinônimo de alimentação equilibrada", afirma Magda.

Vitamina C
     Também conhecida como ácido ascórbico, a vitamina C é bastante indicada para evitar o envelhecimento, já que ajuda na produção de colágeno (substância que dá firmeza à pele). Encontrada em frutas como acerola, laranja, limão, morango e goiaba, e também nas folhas verdes e batata. Além de seus próprios benefícios, a vitamina ajuda o organismo a absorver o ferro de origem vegetal. Magda dá a dica: "Um copo de fruta cítrica acompanhando as principais refeições do dia, ajuda a absorver os nutrientes de cada alimento".

Ácido fólico
     Por ajudar na formação do tubo neural do feto (auxílio na construção do sistema nervoso do bebê), o ácido fólico é bastante recomendado às mulheres que programam a gravidez ou que estão no início da gestação. Ele também participa da divisão celular na hora de formar o embrião e da formação dos anticorpos do bebê. Por isso, além da alimentação, alguns médicos indicam a vitamina como instrumento medicamentoso. Para desfrutar dos benefícios do acido fólico, a grávida deve ingerir fígado de boi, espinafre, feijão e suco de laranja. Suplementação, só com orientação de um especialista.

Ferro
     Além de dar uma mãozinha no crescimento do feto, o ferro evita que o nenê nasça antes da hora e aumenta a imunidade. O mineral está presente na hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de oxigênio pelo sangue, e não pode estar em falta no organismo da gestante. O ferro é achado em verduras verdes, grãos como lentilha e feijão, carnes vermelhas (especialmente no fígado de boi) e na banana prata.

Cálcio
     Micronutriente importantíssimo no terceiro trimestre de gravidez, "na maioria das vezes, os médicos prescrevem o cálcio como complemento da alimentação", diz a nutricionista. Ela explica que nem todas as necessidades são supridas pelos alimentos e, em certas ocasiões, os suplementos entram em ação. O cálcio é fundamental na formação dos ossos (agindo até mesmo na arcada dentária do nenê que, apesar de não ser aparente, já se forma dentro da gengiva), ajuda a evitar contrações do útero antes da hora e evita que a mãe sofra de pressão alta na fase da amamentação. Suas fontes são leite, iogurte, queijo, salmão, sardinha, figo seco, couve e espinafre. "Eu sempre aconselho que as pessoas evitem qualquer tipo de cafeína depois de ter ingerido algum alimento rico em cálcio, pois ela reduz a absorção do nutriente pelo organismo", aconselha Magda.

Fique atenta aos excessos
     O fígado de boi é um alimento rico em diversos nutrientes. Porém, não deve ser ingerido mais que duas vezes por semana, já que pode se tornar prejudicial à saúde da grávida.

Devido à sua diversidade em vitaminas e sais minerais, ele precisa ser dosado. A vitamina A, por exemplo, se ingerida demasiadamente, pode provocar malformação do feto. "Por isso, sempre recomendo um acompanhamento alimentar personalizado", afirma a nutricionista do Hospital e Maternidade Pro Matre.