Estudo Urodinâmico
É o estudo dos aspectos fisiológicos e patológicos envolvidos no armazenamento, transporte e esvaziamento da urina.
Trata-se hoje de um poderoso método de investigação das disfunções miccionais. Sua finalidade é detectar as possíveis alterações funcionais que possam estar gerando os sintomas urinários ou a incontinência.
Convém lembrar que a urodinâmica, a despeito de ser um método cada vez mais empregado na investigação das incontinências, é um exame complementar, cujo resultado deve ser analisado e valorizado no conjunto de vários outros dados clínicos e/ou laboratoriais para se ter o diagnóstico final e escolher o melhor tratamento.
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Indicação
1. Pacientes que tenham vários sintomas urinários associados como urgência, urge-incontinência, nictúria (vontade de urinar várias vezes durante a noite), perda aos esforços (tosse, espirro, atividade física, etc).
2. Pacientes já submetidas a tratamento para incontinência urinária, sem resultados satisfatórios;
3. Incontinências urinárias recidivadas (que retornam após algum tempo);
4. Pacientes com antecedentes de cirurgias ginecológicas ou para tratamento de neoplasias malignas da pelve;
5. Qualquer paciente com indicação cirúrgica para incontinência urinária, a fim de confirmar o diagnóstico clínico e prognosticar a evolução clínica do paciente.
6. Crianças com distúrbios miccionais e de continência
Atualmente utilizam-se equipamentos computadorizados com as vantagens de proporcionar maior conforto para a paciente, menos tempo para realização do exame e maior precisão nos resultados.
O tempo estimado entre a entrada da paciente no laboratório, até a sua saída, com o laudo do exame impresso é de 30 a 40 minutos.
Estuda a relação entre o volume urinado e o tempo. É a etapa não invasiva do etudo onde a paciente utiliza para urinar uma cadeira acoplada ao urofluxômetro, que fornecerá várias medidas do fluxo urinário. Imediatamente após a urofluxometria realiza-se cateterismo vesical para medida do resíduo urinário e dá-se continuidade ao exame com a cistometria.
Cistometria
Estuda a relação entre o volume e a pressão da bexiga, avaliando a fase de enchimento vesical.
Para sua realização são utilizadas duas sondas vesicais para infusão de soro e medida da pressão intravesical, e uma sonda com balão de látex na extremidade que é introduzida no reto para medida da pressão intra-abdominal. As sondas utilizadas são de pequeno calibre e introduzidas com gel anestésico tornando portanto, o preparo para o exame indolor. A sonda retal e uma das vesicais são conectadas a transdutores que transmitirão as pressões para o computador. Durante o enchimento vesical (da bexiga) são observados e anotados diversos parâmetros que serão registrados e analisados posteriormente.
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Estudo miccional ou relação fluxo/pressão
Completado o enchimento vesical, a paciente volta à cadeira de fluxometria para novamente, esvaziar a bexiga. Esta etapa avalia o fluxo urinário em conjunto com as pressões vesical e abdominal, e tem por finalidade estudar a fase de esvaziamento vesical e a atividade do músculo detrusor e o fluxo urinário.